A escola teve fundamental contribuição para a preparação das novas gerações quer seja no mundo do trabalho ou na vida pública. Desta forma, a escola adquire caráter conservador. A escola não é a única que tem função reprodutora, mas também a família, os meios de comunicação, os grupos sociais que servem como troca de conhecimentos. Assim como é em nossos dias a criança aprende com a família e futuramente é moldada pela própia sociedade. Resumidamente a escola tem grande influência sobre a formação do cidadão para a vida social.
Podemos entender melhor a funções sociais da escola com a leitura do texto do autor A . I. Pérez Gómez “FUNÇÕES SOCIAIS DA ESCOLA : DA REPRODUÇÃO À RECONSTRUÇÃO CRÍTICA DO CONHECIMENTO E DA EXPERIÊNCIA” que aborda a socialização dos alunos na escola e a preparação para o mundo de trabalho. Trata ainda da formação do cidadão para a vida adulta e pública. A escola muitas vezes transmite e consolida o individualismo, a competitividade, a falta de solidariedade. E o que permeia o ambiente escolar é a ideia de que a escola é igual para todos e de que, portanto, cada um chega onde suas capacidades e esforços pessoais lhes permitem. Impõe-se a ideologia aparentemente contraditória do individualismo e do conformismo social.
A estrutura social aparentemente aberta para a mobilidade individual, oculta a determinação social do desenvolvimento do sujeito como conseqüência das profundas diferenças de origem que se refletem nas formas de conhecer, sentir, esperar e atuar dos indivíduos. Este processo vai minando progressivamente, as possibilidades dos mais desfavorecidos social e economicamente.
A escola tem sido vista como um processo de inculcação e doutrinamento ideológico, que é transmitido por ideias e mensagens, seleção e organização de conteúdos de aprendizagem. Esse intercambio de ideias também se dá pelo fato de que o indivíduo está mergulhado nas práticas sociais.
Os mecanismos da socialização na escola se encontram basicamente em duas categorias a de estrutura de tarefas acadêmicas que se trabalhe na aula e na forma que adquire a estrutura de relações sociais da escola e da aula – esses componentes encontram-se mutuamente inter-relacionados, de modo que uma forma de conceber a atividade escolar requer uma estrutura de relações sociais compatíveis e convergentes.
Os mecanismos da socialização na escola se encontram basicamente em duas categorias a de estrutura de tarefas acadêmicas que se trabalhe na aula e na forma que adquire a estrutura de relações sociais da escola e da aula – esses componentes encontram-se mutuamente inter-relacionados, de modo que uma forma de conceber a atividade escolar requer uma estrutura de relações sociais compatíveis e convergentes.
O processo de socialização na escola é complexo e ocorre de maneira sutil sendo marcado por diversas contradições além de resistencias individuais e grupais. O autor evoca os pensamentos de Enguida para mostrar a negociação e a resistencia que permeia a escola por meio da seguinte citação:
“A escola é um cenário permanente de conflitos (...). O que acontece na aula é o resultado de um processo de negociação informal (...) entre o que o professor/a ou a instituição escolar querem que os alunos/as façam e o que estes estão dispostos a fazer”. (Fernández Enguita, 1990).
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